terça-feira, 10 de junho de 2014

(Untitled Poem)


Três horas na madrugada
Conto os passos e piso somente no quadrado
Até a calçada da sua casa-

Parei e olhei pra sua janela
Observando, esperando...
Que você atendesse o meu chamado mental
Meu chamado de "vem cá, sou teu"
Mas você não vem, você nunca vem.

Nenhuma força telepática
Nenhuma força humana, sobrenatural, ou mágica
Traria você pra mim essa noite.

Olho pro relógio no meu pulso
Já cinco horas, quase amanhecer
O tempo passa e eu não vejo nada
Nessa eterna espera...

O torpor se vai.
Paro. Respiro. Acendo o cigarro.
Dou meia volta sem olhar pra trás.
Vou pra casa.
Sussurro um "eu te amo" que se vai com a fumaça
Esse é o ponto final dessa madrugada.